segunda-feira, 26 de setembro de 2011

As aventuras de Rogerio Clooney - O Pegador!

A pedidos de muitos... via orkut, facebook, sms, sinal de fumaça e me pedindo nas ruas de SP, resolvi trazer para cá as aventuras de Roger Clooney.

Vamos lá, algumas considerações:

1. Se o personagem de inspiração se importar, eu to nem ai... ninguém sabe quem é mesmo
2. Estão reclamando do linguajar do blog. Certo, mas então pq acessa essa PORRA?
3. Sem mais, vamos lá!

Roger Clooney é um galã brasileiro, é o Casanova do interior. Clooney pq apareceu depois de velho e pq tem os mesmos tons grisalhos em seus cabelos e pêlos. Ele é um cara simples, dono de um Gol G2 de cor preta, 1.0, duas portas.. uma casa germinada, correntinha de ouro no pescoço com seu crucifixo e uma pulseira de ouro falsificada. Roger era vendedor de materiais elétricos pela região do interior, casado, sem filhos e com muitos amigos cacheiros.

Era o ano de 2000 e Roger estava indo ao mercado comprar um pacote de farinha para que sua mulher Alzemira terminasse o tão comentado bolo. Enquanto estava escolhendo os condimentos solicitados por sua amada esposinha, o celular de Roger toca... e no visor de seu motorola preto (Aquele tijolão), com as letras laranjas, aparece o nome: "Walder".. Rogerio atende, estranhando essa ligação e ouve um som ao fundo, se questionando qual suruba rolava por lá..

"Alô, Roger?" - Disse Walder em tom calmo..
"Sim, como vai?" - Respondeu o maganão..

Conversa vai e conversa vem, Roger é convidado para um churrasco com futebol entre amigos. Prontamente ele aceita, compra um farde de Kaiser quente, abre o porta malas do carro e coloca o tal fardinho dentro. Liga o carro, espera o motor a alcool esquentar e parte em direção ao outro lado da cidade.

Chegando a casa de Walder, estaciona o seu carro... abre o portão enferrujado de cor marrom e entra, chegando ao puxadinho e ouvindo o coro de seus amigos: "Olha só quem chegou aí, o bonitão", "Demorou, hein? Estava dando autográfos?"... Rogerio ri, um pouco avermelhado.. mas por dentro diverte-se, parecendo uma prostituta explodindo em golfadas de esperma feminino após horas a fio de uma trepada com um Rinocente albino do Zimbabue...

Ele deixa o fardo na mesa, senta-se em uma cadeira branca de ferro, igual aquelas de boteco.. e serve o primeiro copo. Horas e horas de churrasco... o barulho estridente da pulseira de Roger balançando em seu braço de pêlos grisalhos e o celular preso na cintura tocando, com a identificação de Alzemira do outro lado, frustrada por não conseguir contato.

Walder termina de assar os petiscos e a linguicinha de 4,50 o KG do Açougue do Seu Tenório da família dos Treviscos e senta-se ao lado de Roger, dando um tapinha em sua coxa revestida por uma calça jeans azul escura, toda surrada que ele usará outrora para pintar o muro de sua casa.

Conversa vai, conversa vem.. eis que surge o assunto inoportuno por parte de Walder... ele está desesperado, sem dinheiro para seu aluguel e pede alguns trocados emprestados ao galã brasileiro dos campos interioranos...

Roger olha para o lado, mexe no seu queixo de barba por fazer de cor acinzentada, suspira.. olhando aquela barriga e os cabelos brancos e grisalhos de Walder, proferando: "Foda-se, cara.. eu e ninguém aqui liga para essa merda de aluguel.

Espantados.. a conversa entre os amigos para... Roger levanta-se, ajeita a camisa cor sim e cor não, puxando-a para baixo.. olha para todos, olha para Walder e vocífera: "SEU LIXO"..  desce as escadas, bate o portão pequeno e enferrujado... entra no seu carro, esperando esquentar novamente.. e sai, tranquilo, calmo... olhando a farinha no banco do passageiro que sua mulher pedindo para comprar.

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